Redes sociais: qual a idade certa para começar?
Hoje em dia é comum vermos crianças e adolescentes de 10, 11 e 12 anos já com vários perfis nas redes sociais.
As redes sociais já fazem parte do dia a dia dos adolescentes (e pré-adolescentes) em nossa atualidade e, em alguns casos, até mesmo dos pequeninos. Isso ocorre em função do acesso às novas tecnologias estar cada vez mais estendido a todos os públicos.
No entanto, os riscos deste entorno online não se limitam apenas ao manuseio da técnica e os pais precisam estar constantemente atentos a este acesso das crianças às redes sociais para garantir sua segurança digital.
Redes sociais para menores de idade
Para tentar criar canais e redes sociais seguras, as empresas que estão por detrás das principais redes sociais do momento, desenvolveram diferentes alternativas direcionadas aos menores de idade, ou para aqueles que ainda não entraram na fase permitida para acesso ao universo das redes sociais, ou seja, para acessar o Facebook, Instagram, YouTube, o mínimo exigido para criar conta é de 13 anos de idade.
Um exemplo que podemos citar de aplicação que criou uma versão para crianças menores de 13 anos é a plataforma YouTube Kids, um sistema independente com conteúdo dirigido a crianças que estão entre 2 a 8 anos .
O conteúdo dessa plataforma pode ser configurado para três diferentes grupos, são eles:
- Pré-escolar:
- Escolar:
- Todas as idades:
Além disso, conta com quatro sessões principais: programas, músicas, aprender e explorar.
Outro exemplo de rede social que passou a pensar em alternativas para que os menores pudessem adentrar as redes sociais com segurança é o Facebook, que a pouco mais de 2 anos desenvolveu o Messenger Kids, a versão infantil do seu Chat.
A diferença para a versão “adulta” é que esta não possui publicidade nem compras integradas, e a lista de contatos precisa passar pela verificação dos pais.
Importância da orientação dos pais
Especialistas afirmam que não existe uma idade certa para fazer uso das redes sociais. No entanto, apontam que é imprescindível a figura dos pais durante o processo de inserção das crianças e adolescentes em uma conta de rede social.
Ensino de tecnologia na infância, quais benefícios? Cabe destacar que a tecnologia não pode ser vista enquanto uma inimiga dos nossos pequenos, mas sim um meio para avançarmos e acessarmos o universo tecnológico, que é o futuro que temos em nossas mãos.
Tecnologia para crianças: vilã ou aliada? A tecnologia precisar estar presente desde a infância pois nossas crianças de hoje já nascem imersas nessas tecnologias, e, por serem os denominados “nativos digitais”, não concebem suas vidas sem o acesso a essas ferramentas.
Obviamente que, no caso das redes sociais, precisamos atentar para o excesso de uso, uma vez que existem crianças que costumam passar horas navegando nesses meios e isso não é salutar para o seu desenvolvimento, sem falar que o acesso às redes sociais precisa ser monitorado para evitar casos de abuso infantil, Bullying, acesso a conteúdos impróprios para a idade, etc.
Além disso, é necessário que os pais avaliem o nível de maturidade da criança, ou seja, se ela realmente tem condições para administrar uma rede social. Também devem se atentar para o uso responsável dessas ferramentas de informação, comunicação e entretenimento, seguindo as dicas a seguir:
- Proteger as crianças contra casos de Bullying: Você sabia que mais de 40% das crianças sofrem, ou já sofreram com casos de cyberbullying? Diante desta situação, a rede social Instagram desenvolveu uma ferramenta que permite que as vítimas de cyberbullying possam bloquear as pessoas mal intencionadas de uma forma sutil, de modo que os comentários das pessoas que praticam Bullying não fiquem visíveis para as vítimas, apenas para a pessoa que as escreveu.
- Reduzir o tempo de uso: As nossas crianças de hoje cresceram em meio às novas tecnologias, o que acaba sendo atípico quando passam muito tempo sem elas. Apesar disso, é imprescindível que os pais saibam controlar o tempo de uso das redes sociais. Segundo especialistas, o recomendado é que uma criança ou adolescente não passe mais do que duas horas por dia acessando essas plataformas.
- Oriente para que a criança lhe avise quando um estranho entrar em contato: isso é importante, pois evitamos problemas maiores, como casos de pedofilia que, infelizmente, são bem recorrentes no universo da web e exige cuidado redobrando por parte dos pais.
- Recomende que a criança acesse as redes sociais em espaços comuns da casa: é preciso monitorar esse acesso, até pela segurança da própria criança, como também para controle do tempo em que ela ficará conectada.
- Cuide os sinais de vício: como apontamos no item anterior, é preciso cuidar o tempo de acesso da criança e verificar os sinais de vício, em que a criança acaba não tendo interesse por mais nada que não seja celular e redes sociais. Pais, lembrem-se que isso não é nada saudável e a criança precisa de outros estímulos e atividades para desenvolver-se plenamente.
Essas são algumas das dicas que você, mãe ou pai, deve considerar ao permitir o uso de redes sociais pelo seu filho(a) enquanto novo(a). Porém, deve-se lembrar que são diversos os perigos na internet e hoje torna-se crucial dar as nossas crianças uma educação digital.