Geração Y: como se relacionam com a tecnologia
Geração Y é o nome dado ao grupo de pessoas que atualmente são jovens adultos em sua maioria, e ocupam uma boa parte dos postos de trabalho do país, especialmente na área de tecnologia. São as pessoas que nasceram entre 1981 e 1996, tendo portanto entre 24 e 39 anos em 2020. Nos Estados Unidos, são popularmente conhecidos como Millennials, pois estavam destinados a passar sua juventude no novo milênio.
Ao contrário da geração anterior, a Geração X (1965 – 1980), que viu o nascimento dos primeiros protótipos das tecnologias contemporâneas, frutos do fim da Guerra Fria, a Geração Y cresceu com a popularização da tecnologia. Os computadores pessoais começaram se tornar mais acessíveis no fim da década de 70, a internet como conhecemos começou a tomar forma na década de 90, os celulares começam a surgir no início da década de 90 e a música eletrônica começa a se expandir na década de 80.
Essa geração cresceu com a tecnologia, mas muita coisa mudou durante as últimas décadas. Você sabe como essa relação se mantém atualmente? Confira!
Adaptados à tecnologia
Embora não tenham nascido durante a época dos smartphones e internet banda larga, como foi o caso da Geração Z (1997 – 2012), a Geração Y acompanhou todo o desenvolvimento dessas novas tecnologias dentro de suas casas. Computadores como o Commodore, internet discada, consoles Atari e a popularização do CGI no cinema foram pontos importantes de sua infância.
Se adaptando logo cedo, os Millenials tiveram maior facilidade em acompanhar as rápidas mudanças tecnológicas que se seguiram, como o surgimento de computadores pessoais mais potentes, smartphones, GPS, tablets, Wi-Fi, entre outras invenções muito úteis que já fazem parte do nosso cotidiano.
E acompanharam também a inserção dessas tecnologias no ambiente de trabalho. As máquinas de escrever foram substituídas por computadores e impressoras, os computadores passaram a se conectar a uma rede local (uma intranet) e à internet, surgiram as planilhas, apresentações de PowerPoint e projetores digitais, e com o tempo os documentos passaram a se tornar mais digitais do que físicos.
E tudo isso abriu novas portas no mercado de trabalho também. A necessidade de programadores e engenheiros hábeis ficou exponencialmente maior. E várias pessoas da Geração Y cresceram desmontando e remontando seus eletrônicos e criando seus próprios programas e jogos com os poucos recursos que tinham. Eram as pessoas perfeitas para esse trabalho.
A Geração Y e a Indústria 4.0
E essa natureza tecnológica da Geração Y foi o que trouxe os recentes avanços na integração entre tecnologia e economia. Com os smartphones se tornando cada vez mais comuns entre as pessoas, foi uma questão de tempo até que eles se tornassem necessários. Embora boa parte dessas startups e fintechs tenha originado da Geração X, são os Millennials quem compõem a maior parte da força de trabalho de desenvolvimento, além de serem os maiores consumidores desses serviços também.
Agora, os Millennials também são os responsáveis pela mais recente onda de startups. Em especial ao movimento de startups zebras, que são startups que buscam causar um impacto positivo na sociedade com seus serviços e produtos. O que os atrai a essas novas empresas é um ambiente que mais combina com seus estilos de vida e visões de mundo: mais focado na cooperação, inovação e solução de problemas, maior contato com a tecnologia e menor burocracia, ainda que os salários não sejam tão altos.
As tecnologias que estão sendo desenvolvidas e aprimoradas por essa geração, como a impressão 3D, a internet das coisas, a internet de quinta geração (5G), inteligência artificial e tecnologias na nuvem estão criando o caminho pelo qual a Geração Z irá passar.
Nascendo durante a era da internet, a Geração Z está ainda mais adaptada à tecnologia, usando smartphones e tablets desde a infância, e será a geração que levará essas tecnologias a níveis de desenvolvimento que nem podemos imaginar.
A primeira geração do smartphone
O que destaca a Geração Y foi a forma como se adaptaram rapidamente ao smartphone, mesmo não tendo nascidos com eles, como no caso da Geração Z. Embora a Geração Z tenha rapidamente adotado ele como uma forma de se tornarem mais próximos uns dos outros, como mostra a forte adoção de redes sociais mais novas e dinâmicas, como Amino, TikTok e Tumblr, para os Millennials o smartphone acabou se tornando uma forma de limitar a interação social.
Redes sociais como Facebook e Instagram, além de aplicativos de mensagens instantâneas, substituíram o telefone como a principal forma de manter contato e se manter inteirado com a família e os amigos. O LinkedIn virou a principal ferramenta de networking e troca de experiências profissionais. O Tinder substituiu os bares e baladas como forma de conhecer pessoas. O iFood substituiu o telefone na hora de pedir comida, o Uber fez o mesmo com taxis, e o AirBnB com estadias.
É uma “conexão desconectada”, o que os deu a má fama de ficarem grudados no celular até mesmo enquanto saem com os amigos. Mas não é algo que surgiu a toa. A tecnologia, embora tenha tornado nossa vida bem mais fácil em alguns sentidos, também tornou tudo muito mais rápido.
E a Geração Y é fruto disso, da necessidade de velocidade. Os aplicativos de celular tornam tudo mais objetivo: está tudo claro e explícito, pronto para ser usado. É só clicar e pagar. Não precisa depender da qualidade da chamada do celular nem ficar esperando o telefone deixar de estar ocupado.
A relação entre a Geração Y e a tecnologia é simbiótica e reciproca. A tecnologia melhora a vida deles, e eles melhoram a tecnologia. E em pouco tempo a Geração Z vai começar a contribuir para essa relação também.